A Secretaria Municipal de Transportes, através da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), inaugurou ontem a ciclorrota da Mooca, cujo traçado de oito quilômetros de extensão foi escolhido com base em um mapeamento que identificou pontos onde o uso de bicicletas já é consagrado. O percurso liga o Clube Escola Mooca ao Sesc Belenzinho.
As ruas que compõem a rota da Mooca são: Jaibaras, avenida Cassandoca, Itaqueri, da Mooca, Leme da Silva, Cuiabá, Barretos, Pereira Jacome, Doutor João Inácio Teixeira, Sapucaia, Doutor João Batista de Lacerda, Serra de Jaire, Tobias Barreto e Padre Adelino (veja mapa). O percurso já está sinalizado com os desenhos de bicicletas no solo e placas verticais.
Segundo a CET, o objetivo destas rotas é incentivar o uso de bicicleta em viagens pequenas, restritas aos bairros onde estão situadas, em qualquer dia e horário. Com isso, pretende-se consolidar pequenos percursos, como idas ao comércio local, que são apropriados para serem feitos por bicicleta, desestimulando assim, o uso do automóvel. Outra intenção é promover a integração da convivência entre motoristas e ciclistas.
Diferente de ciclovias e das ciclofaixas, na ciclorrota não há separação física e nem área específica reservada para bicicletas. Nas vias onde ela funciona recomenda-se que os ciclistas fiquem sempre à direita e que não andem na contramão. A CET pinta no asfalto dessas ruas bicicletas estilizadas, para lembrar aos motoristas da prioridade de quem está pedalando. Há redução da velocidade permitida e instalação de placas de alerta. Está prevista também para a próxima terça-feira, dia 20, a implantação da ciclorrota da Lapa, na zona oeste, com percurso de 18 quilômetros.
O vereador Chico Macena (PT), autor da lei 14.266 de fevereiro de 2007, que criou o sistema cicloviário em São Paulo, acredita que com a nova legislação, muita coisa mudou na cidade e a bicicleta está bem mais inserida e integrada ao município, mas defende que ainda tem muito para ser feito e fiscalizado. “É visível e sentido pela população o impacto da falta de um plano amplo de mobilidade para a cidade, que incentive e faça com que a população substitua os percursos menores de carro por bicicleta, o que pode fazer uma grande diferença para a mobilidade”, afirma Macena. “Foi prometido pela Prefeitura 100 quilômetros de ciclovia e previsto no Plano Diretor da Cidade 322 quilômetros. No entanto, hoje só existem 32 quilômetros”, completa.
Para o vereador, ações de promoção da mobilidade por meio de bicicleta são mais do que necessárias. “A bicicleta serve para os mais diversos fins, pois ela integra as pessoas, promove uma socialização muito maior do que o automóvel, além de promover saúde e bem estar”, conclui.