Os freqüentadores do Memorial do Imigrante, na Mooca, terão que esperar pelo menos mais sete meses para voltarem a visitar o espaço. Prevista inicialmente para terminar neste mês, a obra de restauro estrutural do museu deve se estender até julho, segundo a nova previsão da Secretaria Estadual de Cultura. Os trabalhos foram iniciados no começo deste ano.
De acordo com a Secretaria, a ampliação do prazo foi necessária em decorrência dos estragos causados por uma enchente em janeiro, quando o Memorial já estava fechado; além da descoberta, após o início dos trabalhos, de uma infestação de cupins. A Secretaria informou que até o momento, já foram realizadas a reforma estrutural dos telhados e a remodelagem interna do prédio, segundo as novas necessidades do museu. Também ocorreu a impermeabilização da fachada.
O órgão de cultura ressaltou ainda que os próximos passos serão a elevação dos muros do entorno em 60 centímetros e a instalação de comportas para escoamento da água de chuva. Foi informado também que após o término das obras, deve ser feita a instalação do novo projeto museológico, que já está pronto. A Secretaria acredita que o memorial deve estar reaberto ao público no início do segundo semestre do próximo ano.
O novo projeto museológico inclui a restauração das fachadas, recuperação de áreas internas dos edifícios e dos jardins do complexo que passará a contar com acessibilidade universal e recursos de sustentabilidade ambiental. Os trabalhos prevêem também a criação de áreas adequadas para exposições temporárias, um moderno centro de pesquisa e referência, entre outros espaços, como biblioteca, auditório e salas de reunião.
Segundo a Secretaria, as obras no local são necessárias para que o propósito da unidade – resgatar, preservar e divulgar a história da imigração no território paulista – possa ser cumprido com maior qualidade, segurança e garantindo o mais amplo acesso ao público visitante.
Desde o final do ano passado o Memorial, que foi gerido por cinco anos pelo Instituto de Museus, Memórias e Identidade (IMMI), tem como responsável o Instituto da Arte do Futebol Brasileiro.
Infelizmente os protagonistas que são as Comunidade de Imigrantes que tanto contribuíram com doações de acervos para o Memorial do Imigrante, em termos de documentos , objetos e com o apoio em eventos depararam com a falta de sensibilidade da atual gestão do Memorial do Imigrante que durante apresentação do Projeto demonstrou que é mais importante informatizar o acervo através de monitores do que restaurar/preservar os objetos, documentos e principalmente aquilo que dá alma a um Museu que nada mais é do que a manutenção da consistência cultural, étnica e a interação direta com os seus objetos. As Comunidades de Imigrantes estão se mobilizando para resgatar aquilo que foi doado (ou o que restou) para ser restaurado e preservado e que hoje segundo informações parte já fora descartado e estocado. Infelizmente , ainda hoje, alguns cargos públicos como o de Secretário por exemplo é adquirido por nomeação e não por eleição ou concurso.