A eficiência da iluminação pública na rua Cavour, onde fica uma das saídas da estação Vila Prudente do Metrô, é contestada desde que a parada passou a ficar aberta também no período noturno. A alegação é que o trecho que concentra grande fluxo de veículos e pessoas oferece pouca visibilidade por causa das luminárias antigas. Mas, segundo moradores e usuários do metrô, o que já era ruim ficou ainda pior desde a sexta-feira passada, dia 16, quando os postes públicos da Cavour sofreram panes e a rua passou dias às escuras. O serviço só foi restabelecido anteontem.
“Nenhum poste de iluminação estava funcionando e a travessia até o terminal foi ainda mais insegura. Enviei um pedido de reparo à Prefeitura, mas gostaria de registrar, como usuária, minha indignação. Os governos estadual e municipal se vangloriam tanto da expansão do metrô, mas omitem o acabamento que dão a essas obras”, ressalta Natalia Cesana que já se queixava da precária iluminação nas imediações da estação Vila Prudente antes da penumbra dos últimos dias. Assim como Natalia, outros usuários ouvidos pela Folha criticam a Prefeitura por não ter modernizado o sistema de iluminação na parte de trás da estação.
O morador da rua Cavou, Giovanni Farinha da Silva, também reclamou da situação da Cavour e de outras vias das imediações. “São ruas que não podem ficar mais de uma noite sem luz. O poder público não pode abandonar ou não priorizar uma iluminação que quando está funcionando é precária, imagine sem?”, indaga. “A palavra medo é a que mais passa em nossas cabeças”.
Quem também estava apreensiva com a situação da Cavour era a moradora da Vila Ema, Maria dos Santos. “Meu filho deixa o carro próximo à estação e ao voltar à noite, a rua está totalmente às escuras. É sabido que no pedaço andam muitos desocupados à espera de oportunidades para roubos”, comenta. Ela também ressaltou o problema crônico de iluminação na via, independente da pane: “As luminárias são antigas, não iluminam como é necessário”.
O arquiteto Murilo Mendes ficou indignado com a morosidade dos reparos. “Normalmente retorno à Vila Prudente por volta das 18h30, mas na sexta cheguei às 22h30 e tomei um susto quando subi a escadaria do Metrô: não enxergava nada na rua! Toda terça faço aula de inglês, então volto às 21h e qual não foi minha surpresa quando constatei que cinco dias depois, ainda estava tudo escuro”, conta. “É um absurdo a escuridão perdurar tanto tempo em uma saída do Metrô. Logo agora que finalmente passou a funcionar até a meia-noite, parece piada!”.
A reportagem contatou o Departamento de Iluminação Pública (Ilume) e pela emergência da situação, também acionou a Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba. Além do apagão dos últimos dias, a Folha questionou se existe projeto de melhoria da iluminação na rua Cavour e demais vias das imediações da estação do Metrô. Até o fechamento desta edição, nenhum dos órgãos municipais se manifestou.
Precisa por policia,passou das 23.00 fica meio perigoso.O metro fecha as 0:30,na região ficou perigoso..