No final de 2007 a Subprefeitura Mooca começou a realizar uma ampla melhoria no terreno da adutora Rio Claro, na avenida Luis Ferreira da Silva, Vila Diva. A obra contemplava o plantio de aproximadamente 3.500 m² de grama, reforma no calçamento, construção de uma miniquadra de basquete – que não chegou a ser iniciada – e de um campinho de futebol de terra batida, na altura do número 999 da via. Entretanto, apesar de o muro ter sido levantado e as traves terem sido colocadas, o espaço para a prática do esporte mais popular do país nunca chegou a ser terminado. Com o passar do tempo, o mato do local foi crescendo e o mesmo virou “depósito de lixo e entulho”. Para piorar a situação, segundo moradores vizinhos, um comerciante próximo tem quebrado o muro e jogado cacos de vidro na área.
“Esse homem não quer que a criançada jogue bola ali por causa do barulho, que estaria atrapalhando seus clientes. Só que a obra é pública. Todos têm direito de usufruí-la. A Subprefeitura, que sequer terminou a quadra, deveria tomar conta do que já foi feito. Afinal é nosso dinheiro que foi investido”, comenta uma mulher que preferiu se identificar apenas como Sueli.
Outro vizinho, que não quis ter o nome publicado por medo de represálias do comerciante, também está indignado com a situação. “As crianças da região já não têm onde praticar esporte ou uma área de lazer. Apesar de a quadra ainda estar longe do desejado, a molecada joga bola no espaço assim mesmo. Porém, de uns tempos pra cá, além do lixo que tem lá, que gera perigo à criançada, eles não estão conseguindo jogar bola por causa dos cacos de vidro que esse senhor despeja de propósito. Sem falar que o local, que está abandonado, já precisa de reformas, como a troca das traves que estão enferrujadas”, completa.
Em agosto do ano passado a Subprefeitura Mooca informou que em parceria com a Sabesp foram criados dois projetos de melhorias para o local, mas o órgão não citou em que datas estas ações ocorreriam. Cobrados novamente em dezembro, também pela situação do despejo de cacos de vidro no local, a SUB ressaltou que estaria levantando informações sobre o caso. Entretanto, no último dia 18 a Folha voltou a questionar sobre a área, mas não recebeu resposta até o fechamento desta matéria.