Paredes com infiltrações, janelas danificadas, vidros quebrados, portas e vigas de madeira tomadas por cupim, telhado mal conservado, mato alto e sujeira acumulada. Esse é o cenário de um dos mais importantes prédios da história da Polícia Militar paulista e do Exército Brasileiro na capital. Localizado na avenida do Estado, entre o viaduto 25 de março e o elevado da avenida Alcântara Machado – Radial Leste, no Parque Dom Pedro II; atualmente está inativo. O imóvel pertence ao Estado e está sob responsabilidade da PM.
Embora tombado desde 1981 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o prédio, que possui cerca de 200 anos, está em situação de abandono. A última utilização do espaço foi como pátio de viaturas da PM.
O estado precário da histórica construção estimulou um grupo que serviu no Exército brasileiro e atuou no local a criar a Associação de Amigos e Reservistas do 2º Batalhão de Guardas. O objetivo é lutar pela recuperação do espaço. “Nossa intenção é restaurar este prédio que é muito importante na história militar do país. Estamos unindo forças para cobrar dos responsáveis o reparo do imóvel”, explicou Guilherme Morfina, que faz parte da diretoria da Associação e trabalhou no prédio em 1988, como motorista do Exército.
Atualmente o imóvel é de responsabilidade do 3º Batalhão de Choque da Polícia Militar e de acordo com o tenente Marcos Mendes Campos, existe proposta para revitalização do espaço. “A Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Cultura do Estado estão realizando trabalho para recuperação do prédio e está na fase de diagnóstico estrutural”, declarou à Folha. Foi ressaltado ainda que há projeto de instalação de um Museu da Polícia Militar no local.
História
Há quem afirme que a construção do imóvel foi um presente de D.Pedro I para a Marquesa de Santos e, entre suas viagens pelo Brasil, quando chegava a São Paulo, utilizava o local para descansar e possivelmente encontrar-se com a amante.
Com o término do governo de D.Pedro I, o espaço transformou-se em sede de uma importante chácara da várzea do Carmo, até que em 1860 tornou-se por alguns anos o Seminário das Educandas e posteriormente em instituição de Saúde, abrigando o Hospício dos Alienados. Em 1930, o prédio passou a ter função militar e começou a funcionar como quartel da Força Pública, permanecendo assim até 1964 quando o exército brasileiro ocupou o lugar, inicialmente com sede da 7ª Companhia de Guarda e posteriormente o 2º Batalhão de Guardas, onde ficaram até 1992. Logo depois o local passou para a Polícia Militar e desde 1995 pertence ao 3º Batalhão de Choque.
Parabens a Folha de Vila prudente pela reportagen, importante a população de Sp e Reservistas do Exercito estarem cientes da situação desse Predio Maravilhoso.
Posso falar com conhecimento, pois em 1985/1986 servi o Segundo Batalhão de Guardas que era nesse predio.
Esse predio é maravilhoso por dentro, ele é todo cercado de varandas na sua parte interna e inclusive em sua parte central na quadra tinha marcado uma linha com o recorde mundial do João do Pulo que era soldado do “BG“ao bater esse recorde.
Num ponto central e valorizadissimo da cidade estão esperando não ter mais como restaura-lo. Esse é mais um ´´caso´´ de descaso de nossas autoridades.
O PARQUE DOM PEDRO E, BAIXADA DO GLICÉRIO PASSARÃO
POR REVITALIZAÇÃO, SEGUNDO O PODER PÚBLICO, AINDA ESTE ANO.ESPERO QUE SEJA RÁPIDO E, NÃO SE ESQUEÇAM
DE RESTAURAR O ANTIGO QUARTEL QUE SE ENCONTRA NU
MA SITUAÇÃO TÃO DEGRADANTE E, TRISTE.
SPOU MORADOR DA REGIÃO , TORÇO POR MELHORIAS NA RE
GIÃO CENTRAL.
Eu servi lá, e por isso escrevi o livro “MEMÓRIAS DE UM EX SOLDADO DO 2º EXÉRCITO”.
Uma vergonha, esta caindo aos pedaços.
Parabéns pela bela reportagem!
Uma vez me lembro que fui almoçar lá no quartel a convite do meu cunhado que na época era Sargento do Exercito , fiquei muito feliz em conhecer aquele quartel.
Já hoje fico muito triste ao estado de abandono que se encontra aquele espaço. Acredito que uma reforma através dos governantes, poderia servir como um Centro de Reabilitação os usuários de drogas da Cracolândia , claro que ali não iria caber a todos . Poderia ser um trabalho junto a Prefeitura para tirar documentação de pessoas que tem interesse em arrumar um trabalho ou até mesmo voltar para sua cidade natal .
Obrigado .